Sem subsídio, tarifa dificilmente cai

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A baixa expressiva no número de passageiros na Rodoviária de Santa Maria, que reduziu 10% em 2019 e teve um acumulado de queda de 23% desde 2015, acompanha uma tendência não só daqui, mas do transporte intermunicipal como um todo. E é um fenômeno que também impacta fortemente o transporte coletivo nas cidades.

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O principal problema disso é que, onde o poder público não banca parte dos custos (pelo chamado subsídio), o resultado acaba sendo o aumento cada vez maior dos preços das passagens para cobrir os custos, que provoca uma queda ainda maior do número de passageiros. No caso das viagens intermunicipais, muita gente parte para saídas mais baratas (e com maior risco), que é viajar em ônibus clandestinos ou pagando caronas por aplicativos. Algumas empresas até têm adotado desconto das passagens para enfrentar essa concorrência, mas nem sempre surte resultado.

Rodoviária tem queda de 10% no número de passageiros em 2019

Algumas cidades têm pago o subsídio da tarifa do transporte coletivo, por entender que é a única saída viável atualmente. Aqui, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) já afirmou que não pretende subsidiar a passagem. Porém, possivelmente terá pouco resultado se a prefeitura contar apenas com possíveis mudanças no sistema de transporte, a serem definidas por meio de estudo, ou com alguma redução da tarifa por meio da licitação prevista para esse ano. Com preço da passagem elevado, o número de passageiros continuará caindo.